segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mosquitos geneticamente modificados podem diminuir transmissão da dengue

(OGlobo)





RIO - Mosquitos geneticamente modificados podem combater a dengue. Pesquisadores britânicos conseguiram modificar os genes dos mosquitos machos para que eles morram antes do período de reprodução, diminuindo a transmissão desta e de outras doenças.

Os cientistas afirmam que os mosquitos geneticamente modificados conseguiram acasalar com fêmeas em uma área afetada pela dengue nas Ilhas Cayman em trabalho publicado na revista "Nature Biotechnology". Até então, não havia sido comprovado este acasalamento na natureza, que pode reduzir o número de Aedes aegypti que transmitem a dengue.

- Por esse método, você só precisa ter uma proporção razoável das fêmeas para acasalar com machos geneticamente modificados - disse Luke Alphey, diretor científico da Oxitec e professor visitante na Universidade de Oxford.
Desde 1940, já se sabe que a liberação de machos estéreis na natureza poderia controlar insetos transmissores de doenças ou pragas agrícolas. Na década de 1950, a mosca bicheira foi erradicada em Curaçao, no Caribe, usando machos esterilizados por radiação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que pode haver 50 milhões de casos de dengue a cada ano. A incidência da doença está aumentando, e ainda não existe vacina.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/10/31/mosquitos-geneticamente-modificados-podem-diminuir-transmissao-da-dengue-925702930.asp#ixzz1cOjBND5Y 
© 1996 - 2011. Todos os direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. 


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Fungos

Você sabe o que é aquele "bolor" no pão velho?
E aquele champignom que a gente come?
Também tem uns queijos diferentes...


Tudo isso são exemplos de fungos!


Eles são muito numerosos na natureza e podem ser encontrados em todas as partes. Nos alimentos, nos tecidos, na madeira de construções antigas, nos animais e nas plantas, dos quais retiram seu alimento. Alguns deles são úteis na fabricação do pão, do queijo, do vinho, da cerveja e até na produção de medicamentos, como a penicilina. Outros, como o champignon, são comestíveis. Mas há algumas espécies que causam doenças no homem, nos animais e nas plantas, provocando grandes estragos e chegando até a matar.

Os fungos habitam os mais variados lugares, mas a maioria vive no solo e alimenta-se dos restos de animais e vegetais. Vivem melhor em ambientes com muita umidade e calor, pouca luz e alimento em abundância – que pode ser um pedaço de pão ou matéria orgânica em decomposição. Aquele bolor verde ou negro que vemos de vez em quando em frutas e pães é um tipo de fungo. Além dos bolores, os outros dois tipos mais conhecidos de fungos são os cogumelos e as leveduras (fermentos).

http://fungosfungi.blogspot.com
De forma direta ou indireta, muitos fungos estão presentes na nossa alimentação. Os cogumelos comestíveis, por exemplo, fazem parte do cardápio de muitos pratos. O mais conhecido deles é o champignon. Outros dois, o shiitake e o shimeji, de aparência mais escura, são bastante usados na culinária japonesa. Existem, no entanto, cogumelos que produzem toxinas que causam sérias intoxicações e são venenosos. É preciso muito cuidado com eles. Não existe nenhum método infalível para reconhecer se um cogumelo é comestível ou venenoso.
                                                              
Alguns queijos também são feitos com o auxílio desses pequenos seres. O gorgonzola e o roquefort, queijos de cheiro muito forte, têm várias 'manchas' verdes que são os fungos usados na fabricação. O queijo camembert, vendido em lata ou embalado em pequenas caixas, possui uma 'capa' branca, resultado da ação dos fungos.
Para fazer pão, dependemos dos levedos, os mesmos usados na fabricação da cerveja e do vinho. Para ver a ação dos levedos, basta pedir para sua mãe fazer pão utilizando fermento biológico. Cada tablete de fermento contém milhões de levedos. Ao serem misturados à massa, os levedos utilizam os açúcares da massa para produzir energia e nesse processo liberam gás carbônico, fazendo a massa crescer (fermentação). Por isso o pão fica com consistência 'fofinha'

Um reino para os fungos


Nas classificações antigas, os fungos eram agrupados no reino vegetal, ao lado das plantas. Mas os cientistas verificaram que, ao contrário dos vegetais, os fungos não são capazes de fabricar seu próprio alimento. Além disso, esses pequenos seres também possuem algumas características dos animais. Por isso, ganharam um grupo à parte: o reino dos fungos. É um reino muito numeroso. Até hoje, foram descobertas cerca de 50 mil espécies. Sua função para o equilíbrio da natureza é muito importante: os fungos são responsáveis pela destruição dos restos de matéria orgânica, possibilitando o aproveitamento desta pelos novos seres que nascem.
Algumas espécies são microscópicas,podendo se desenvolver em meios de cultivo especiais formando colônias de dois tipos:
            - leveduriformes;
            - filamentosas.
            As colônias leveduriformes são pastosas ou cremosas, formadas por microrganismos unicelulares que cumprem as funções vegetativas e reprodutivas.
            As colônias filamentosas podem ser algodonosas, aveludadas ou pulverulentas; são constituídas fundamentalmente por elementos multicelulares em forma de tubo—as hifas.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Encontrado ancestral de caramujo que flutua através de bolhas de muco!


























Eles vivem suas vidas flutuando de cabeça para baixo no oceano, ligados à aglomerados de bolhas de muco que lhes dão flutuabilidade.
Cientistas descobrem que os caramujos que se locomovem com o auxílio de bolhas de muco, herdaram este talento de seus ancestrais. Neste processo, os caramujos deixaram de habitar o fundo dos oceanos, e passaram a flutuar livremente. Os caramujos ‘muco-y’ são conhecidos desde 1600, mas esta é a primeira vez que pesquisadores foram capazes de rastrear suas origens.
Os caramujos da espécie Janthina janthina, conhecidos também como caramujo marinho roxo, secretam muco e, a partir dele, constroem uma proteção para seu pequeno e frágil corpo que os ajuda a se locomover.
O novo estudo descobriu que estes animais são descendentes de uma espécie que vivia no fundo do oceano e se alimentavam de coral. Esta espécie se especializou e desenvolveu habilidades de locomoção que deram acesso a uma nova fonte de alimento, as águas vivas.
Pesquisadores da Universidade de Michigan, liderados pela estudante de pós- graduação, Celia Churchill suspeitavam de duas possibilidades: a primeira era que a estrutura que os auxilia na flutuação são uma versão avançada de uma técnica de locomoção do animal, denominada "droguing", a outra possibilidade é que as bolhas são versões modificadas de estruturas que seguravam os ovos em seus ancestrais.
As fêmeas dos caracóis ancestrais permaneciam ligadas em seus ovos através de redes de muco. As cápsulas dos ovos vazios poderiam ter capturado ar, fazendo com que os caracóis flutuassem. Este efeito temporário pode ter se tornado permanente através da produção de mais muco.
Qualquer um destes cenários parecia possível, pelo menos até quando Churchill e seus colegas receberem uma amostra preservada de um espécime de caracol australiano, chamado Recluzia.
"Comecei a dissecá-lo, e quando eu puxei a estrutura flutuadora, notei que havia minúsculos indivíduos de Recluzia e cápsulas dos ovos da fêmea grande", disse Churchill em um comunicado. As características de Recluzia sugerem que o caracol é uma forma de transição entre o caracol presente no fundo do oceano e os atuais, que são flutuantes. Seria, portanto, um elo perdido, que mostra claramente a evolução.
Segundo os pesquisadores, Recluzia desenvolveu sua flutuação e capacidade de carregar caracóis juvenis das massas de ovos que existiam no ancestral presente no fundo do oceano.  Como próximo passo, todos os indivíduos desenvolveram adaptações para começar a liberar suas próprias bolhas mucosas, formando a balsa flutuante encontrada hoje.  Em algumas espécies da família Janthinidae, as “bóias” ainda servem para transportar os ovos, enquanto outros caracóis carregam seus ovos dentro do próprio corpo.
ANNA CAROLINA MILO

Mortes de botos estão acima do que espécie suporta, alerta cientista!

Mortalidade causada pelo homem coloca população em perigo no AM.
Botos são caçados e utilizados na pesca de peixe que come carne morta.
Eduardo CarvalhoDo Globo Natureza, em São Paulo
A alta taxa de mortalidade do boto-vermelho (Inia geoffrensis), também chamado de boto-cor-de-rosa preocupa cientistas e ambientalistas da Amazônia.
Um estudo com base na população destes animais existente na região de Tefé, cidade localizada na região central do estado do Amazonas, comprovou que apenas 48 espécimes poderiam morrer ao ano para que a espécie não entre na lista dos animais com risco de extinção. Entretanto, somente nesta região 346 botos-vermelhos morreram em 2010, número que é mais de sete vezes superior ao limite estipulado.
Deste total, 176 botos foram vítimas acidentais da pesca com rede e o restante foi caçado para ser utilizado como isca na pesca da piracatinga (Calophysus macropterus), peixe também conhecido como “douradinha” e que se alimenta da carne apodrecida do boto.
Exemplar de boto-vermelho em Novo Airão, no Rio Negro, no Amazonas (Foto: Rede Globo)








De acordo com Sannie Brum, pesquisadora da Associação Amigos do Peixe Boi (Ampa) e do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a mortalidade dos botos pode ser muito maior, assim como o desequilíbrio da espécie.
“Há aproximadamente dez anos foi iniciada em toda a região da Amazônia a pesca da piracatinga. Esse peixe é renegado por grande parte da população, porque come carne morta (necrófago). Entretanto, sabemos que existem pontos de pesca na região de Tefé, de Santarém (PA) e nas proximidades de Manaus. Esse pescado tem sido capturado com a utilização de carne de boto como iscas e tem sido enviado constantemente, a maior parte de maneira ilegal, para a Colômbia”, afirmou a bióloga.
Segundo levantamento da Ampa, cada boto-vermelho, que chega a medir 2,5 metros e pesar 180 kg, pode render ao menos uma tonelada de piracatinga.
Exemplares de boto-vermelho têm sido mortos e utilizados na pesca ilegal da piracantinga, peixe que se alimenta de carne morta. Cada boto morto consegue capturar uma tonelada de piracatinga (Foto: Divulgação/Ampa)






Dificuldade no combate à pesca ilegal
Ainda segundo Sannie, é difícil monitorar esta prática devido às grandes dimensões da floresta. “Por isso, estamos delineando ações de educação ambiental, com foco no combate à comercialização deste pescado, conhecido como douradinha”.
A organização ambiental União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês) não dispõe dados sobre a vulnerabilidade do boto-vermelho no mundo.
Entretanto, a especialista disse que, baseado em trabalhos feitos por outros pesquisadores, é possível estabelecer que a população de botos diminui 10% ao ano. “Pelo menos na região de Tefé este animal está criticamente ameaçado”, explicou.



Que peixe é esse?

Aplicativo brasileiro para celulares e ‘tablets’ ajuda a identificar espécies de peixes no mar, no aquário ou na peixaria.


Para os amantes de peixes – na pescaria, no aquário, no mergulho ou no prato – uma dica é o aplicativo para smartphones e tablets Peixes Marinhos do Brasil – Guia Prático de Identificação. O programa é uma espécie de enciclopédia virtual, com a qual o usuário pode identificar peixes brasileiros de água salgada.
O aplicativo, baseado no livro homônimo do biólogo marinho Marcelo Szpilman, conta com fichas ilustradas de mais de 200 espécies de peixes, contendo dados como a coloração, medidas físicas, ocorrência, hábitat, hábitos, status de ameaça de extinção e qualidade da carne do animal.
O aplicativo conta com fichas ilustradas de mais de 200 espécies de peixes
A consulta por conteúdo pode ser feita de diversas maneiras. O usuário pode buscar pelo nome popular ou científico de um peixe para acessar informações sobre ele ou procurar diretamente nas ilustrações e fotos para descobrir a identidade de uma espécie. “É muito mais do que um e-book, pois é interativo,” aponta Szpilman.
Os animais estão catalogados por famílias, gêneros e espécies e também podem ser buscados por seus nomes em inglês e espanhol. Além disso, o aplicativo oferece um jogo da memória – com imagens de peixes, é claro; um jogo de identificação de espécies e alguns artigos com noções básicas de pesca e preparação para o consumo.
“A ideia é que pessoas de todas as idades usem o aplicativo, até mesmo crianças com os pais; por isso os jogos, que, além de divertir, reforçam o aprendizado”, diz Szpilman.
O guia virtual de peixes custa 6,99 dólares para iPhone e iPod e 9,99 dólares para iPad – preços um tanto salgados nesse meio – e está disponível para compra na loja da Apple.
Sofia Moutinho
Ciência Hoje On-lin
e


Link onde você pode visualizar o aplicativo!


Tubarão-das-galápagos é extinto no Brasil


A existência de uma área de preservação ambiental não impediu que o tubarão-das-galápagos (Carcharhinus galapagensis) fosse extinto no arquipélago de São Pedro e São Paulo --paraíso da vida marinha a 627 km de Fernando de Noronha (PE).
Várias expedições --inclusive a histórica viagem de Charles Darwin no HSM Beagle, em 1832-- dão conta de uma presença anormalmente alta desses bichos.
Entretanto, ao participar de missões científicas recentes, o biólogo da Unicamp Osmar Luiz Jr não encontrou sequer um exemplar.
Intrigado com a discrepância, o pesquisador decidiu investigar. Junto com Alasdair Edwards, da Universidade de Newcastle (Reino Unido), ele analisou dezenas de registros históricos e material recente sobre a espécie e sua presença no conjunto de ilhotas.
O resultado, publicado na revista "Biological Conservation", é claro: o declínio das populações coincide com o início da pesca comercial no entorno do arquipélago, no início da década de 1950.
O último registro do encontro de tubarões-das-galápagos nadando na área foi em 1993. Cruzando os diversos dados e fazendo previsões estatísticas, Luiz Jr estimou em 1998, ou até antes, a extinção local da espécie.
Os tubarões acabam capturados acidentalmente pelos barcos que pescam atum e outros peixes na região. Não há plano de manejo específico para a pesca no entorno.
O sumiço do tubarão, um predador do topo da cadeia alimentar, pode ter consequências graves para todo o seu ecossistema. Predadores intermediários poderiam crescer descontroladamente, em um fenômeno conhecido como cascata trófica.
"Diretamente, os tubarões controlam a população de suas presas e, indiretamente, a população dos organismos que elas consomem", disse Luiz Jr à Folha.
Segundo o cientista, é possível que, eliminada a pressão da pesca, possa haver uma recolonização da espécie no arquipélago.

CRÍTICAS
O coordenador do Proarquipélago (única estação científica em São Pedro e São Paulo), Fábio Hazin, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, discorda do resultado do trabalho.
Hazin diz ter encontrado três exemplares da espécie capturados acidentalmente em um barco da região. O trabalho que descreve o encontro ainda não foi publicado. O pesquisador
concorda, no entanto, que o ecossistema foi abalado. "Houve uma redução dramática [do número de tubarões]. Isso é inegável".
Após a publicação do trabalho de Luiz Jr, circularam em fóruns na internet críticas aos resultados de Hazin, que é filho do fundador da empresa Norte Pesca, que atua no Nordeste. "Está havendo perseguição. Eu nunca tive nada a ver com a empresa", disse.


GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO

Estudos mostram que evolução do homem está se acelerando...


A medicina e os métodos de higiene salvam milhões de vidas e fazem com que, para humanos, a frase "sobrevivência do mais forte", suposto pilar da seleção natural, pareça coisa do passado. Evolução é coisa do passado para nossa espécie, certo?
Não exatamente, revelam estudos recentes. Segundo seus autores, a evolução humana pode ter até se acelerado a partir de 10 mil atrás, quando as civilizações começaram a surgir e as populações começaram a crescer rapidamente.


NÃO é PROGRESSO
Para entender isso, porém, é bom tirar alguns entulhos conceituais do caminho.
O primeiro deles: evolução não implica em progresso, nem é o mesmo que seleção natural. Qualquer mudança, de uma geração para outra, seja aleatória ou fruto de seleção, indica ocorrência de evolução.
A seleção natural ocorre quando as diferenças individuais em uma característica, como altura, estão relacionadas ao número de descendentes e são herdáveis. (Homens altos têm mais filhos do que os baixos e passam a característica aos descendentes.)
Além disso, é bom riscar a tal "sobrevivência dos mais fortes" do seu caderninho mental. Na verdade, a seleção não premia só a sobrevivência, mas principalmente a reprodução.
Há uma excelente razão para achar que ainda estamos evoluindo, e talvez em ritmo acelerado: mais matéria-prima e mais diversidade de ambientes, diz o antropólogo John Hawks, da Universidade de Wisconsin em Madison.
A matéria-prima é o DNA, onde ocorrem as mutações potencialmente úteis que a seleção natural submete a uma triagem. A matemática é simples: quanto maior a população, maior a chance de que surja alguma mutação no genoma que acabe melhorando as chances de reprodução de seu portador.
Quanto aos ambientes, transformações sociais, econômicas e de habitat foram aceleradas nos últimos 10 mil anos, o que trouxe oportunidade para que certas mutações conferissem vantagens.

ADAPTAÇÃO Em seu estudo mais famoso, publicado na revista científica "PNAS", Hawks diz ter achado sinais de seleção natural recente em 3.000 genes -10% do genoma humano. Em muitos casos, são coisas esperadas. As pessoas de hoje são mais capazes de digerir leite (por causa da domesticação de animais leiteiros) e de lidar com açúcar, amido e gordura, nutrientes que os nossos ancestrais raramente encontravam. Mas há coisas mais misteriosas nesse balaio de genes. "Dos cerca de cem genes clássicos ligados aos neurotransmissores [mensageiros químicos cerebrais], 40% exibem evidências de seleção recente. Muitos estão relacionados a variações de humor. Será que não domesticamos a nós mesmos para que conseguíssemos viver em comunidades altamente densas, coisa que nunca tínhamos feito antes?", diz Robert Moyzis, da Universidade da Califórnia, do grupo de Hawks.ESTUDOS MÉDICOS Há também uma série de características físicas com sinais de alterações em poucos séculos ou décadas. Essa descoberta se tornou possível porque os pesquisadores estão analisando bancos de dados epidemiológicos, recolhidos por médicos e pelo governo, com os métodos da biologia evolutiva. Ao associar características como altura, idade do primeiro filho que chegou à vida adulta e idade do início da menopausa ao número de descendentes, são observadas tendências evolutivas recentes. É o que mostra uma compilação dessas pesquisas, coordenada por Stephen Stearns, da Universidade Yale (EUA), na revista científica "Nature Reviews Genetics". A principal alteração destaca por Stearns é a ampliação da janela reprodutiva feminina. Hoje, estão sobrevivendo mais filhos que nascem de mães mais jovens e mais velhas. Isso seleciona mulheres um pouco mais capazes de se reproduzir nesses dois extremos de idade. Além disso, nunca houve homens tão altos. Isso tem a ver com a melhora da alimentação, mas também com o diferencial reprodutivo trazido por ser um sujeito alto.


MARCO VARELLA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA