sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Micróbios conseguem gerar eletricidade sendo alimentados apenas por urina

OSMAIRO VALVERDE


Pesquisadores da Universidade de West England Bristol descobriram que a urina pode ser uma boa fonte geradora de eletricidade.
Que tal gerar eletricidade alimentando micróbios com urina? Isso é possível graças a células de energia cobertas por bactérias que se alimentam da urina enquanto produzem energia elétrica. A pesquisa é liderada por Loannis Leropolous, na qual afirma que é a primeira vez que a ciência conseguiu de forma viável tornar a urina um combustível.
As células energéticas são dispositivos com um ânodo e um cátodo separados por membranas de íon seletivo. As bactérias vivem de um dos dois lados (no ânodo) onde começam a oxidar a urina, gerando elétrons e prótons através da fermentação. Por se tratarem de bactérias anaeróbicas (que vivem em ambientes sem oxigênio) os subprodutos atômicos produzidos são transferidos para o cátodo, onde são combinados com o oxigênio formando eletricidade.
Esse método pode ser utilizado em vários materiais que contenham produtos orgânicos, como águas residuais, açúcares, glicose, celulose, etc. Ieropoulous diz que a urina é usada neste caso por ser fonte de carboidratos, nitrogênio, potássio e fósforo.
O pesquisador afirma que se milhares de células foram combinadas em colunas, poderíamos produzir energia suficiente para uma pequena cidade, além de ser altamente ecológico, pois o processo limpa completamente a urina, permitindo que ela possa seja jogada em rios e lagos após o processo.
Leropoulos declarou a uma revista britânica: “Embora reconheçamos a necessidade de pesquisas nesta vasta área, estamos muito animados com o potencial do nosso trabalho. O impacto disso poder ser enorme, uma vez que nos permite usar resíduos de uma maneira mais inteligente, oferecendo uma grande solução para o futuro”.
A título de curiosidade, os seres humanos produzem cerca de 6,4 bilhões de litros de urina por ano. Se colocarmos nessa conta a produção de urina dos animais em fazendas, alcançamos o incrível número de 13 trilhões de litros por ano.


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